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terça-feira, 15 de março de 2011

Você sabe por que aconteceu o Tsunami no Japão?


  Há um tempo, nas primeiras aulas, eu disse aos meus alunos que a geografia estava na nossa vida e que ela esta em todo lugar. Quando se estuda geografia pode se ter uma boa compreensão dos fatos que são informados pela televisão ou outros meios de informação como sites de internet. Este é caso do terremoto que ocorreu no Japão em 2011. Estarei a comentar aqui o que aconteceu no Japão dando bons detalhes desse acontecimento relacionado com as aulas que já foram dadas (Aula 1 - Fundamentos da Geografia, Aula 2 – Orientação, Coordenadas Geográficas e Fusos Horários, Aula 3 – Cartografia, Aula 4.1 – Origem da Terra e Aula 4.2 – Placas Tectônicas) e as aulas que estarão por vir, tudo da forma mais simples possível. Lembrem-se que muitas das questões que caiem no vestibular e no Enem estão relacionados com fatos que são vinculados na mídia no nosso dia-a-dia.

O terremoto que aconteceu no Japão no dia 11 de março de 2011 às 14h46 (horário local - 02h46 de Brasília) de magnitude de 8,9 na escala de Richter foi o 7º pior terremoto registrado na história, segundo a agência americana, foi o pior já registrado na história do Japão desde que começaram a ser registrados há 140 anos. Para se ter uma ideia da força desse terremoto, a potência desse tremor equivaleu ao valor de 30 mil bombas de Hiroshima.


O epicentro desse terremoto se localizava a 130 quilômetros da costa japonesa, com profundidade de 24,4 quilômetros, na mesma região onde há dois dias ocorreu um terremoto de 7,3 graus que não deixou vítimas, ou seja, um maremoto, pois aconteceu no meio do mar ou oceano. Como consequência, houve a geração de um enorme tsunami de 10 metros de altura que arrasou casas, prédios e áreas agrícolas, deixando milhares de mortos e feridos.

VAMOS ENTENDER MELHOR COMO SÃO GERADOS OS TERREMOTOS E TSUNAMIS

A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas (ou litosféricas), que se movem sobre parte do manto chamada astenosfera (a crosta terrestre junto com a astenosfera, que é a camada mais superficial do manto, formam a litosfera), onde as rochas são maleáveis (plásticas).


Um terremoto ou sismo se origina devido aos movimentos convectivos que ocorrem na astenosfera. Como todo líquido quente, o magma gira e ao girar empurra as placas em um certo sentido. Assim, as placas podem se chocar. As placas apresentam uma densidade menor (em média 2,8) que a do magma (em média 3,2) e por isso elas "flutuam" no magma da astenosfera que é muito quente (geralmente mais de 1.000ºC) que se apresenta de forma derretida, quase líquido, mas muito viscoso.


Esses movimentos convectivos que ocorrem na astenosfera forçam as placas tectônicas da litosfera (camada rochosa) a se movimentarem. Como resultado, as placas podem se chocarem (formando as chamadas bordas convergentes), ou podem se separarem (formando as bordas divergentes) ou se deslizarem (que são conhecidas como as bordas transformantes). Os movimento dos limites (bordas) dessas placas, caracterizados pelo como as placas se deslocam umas relativamente às outras, estão associados a diferentes tipos de fenômenos da superfície e se dá de três formas:


Placas de Movimento Divergente


Nesse movimento, as bordas das placas tectônicas se afastam uma da outra e tem como consequência a formação de uma nova crosta oceânica e a geração de Dorsais Meso-Oceânicas (Cordilheiras Submarinas). Exemplo disso, os limites entre a placa Sul-Americana e a placa Africana.


      Placas de Movimento Convergente


Quando duas placas vão em direção uma a outra e se colidem, a placa mais densa, mais fria e mais espessa mergulha sob a outra placa, através de uma fossa submarina (também conhecida como zona de subducção) em direção da astenosfera (manto) onde vai ser consumida. São também conhecidas como Bordas Destrutivas. Exemplo: o encontro das placas Sul-Americana e a de Nazca.


É nesta zona de convergência que há formação de dobramentos modernos e fossas oceânicas.



Placas de Movimento Colisional


Semelhantemente às placas de movimento convergente, nesse tipo placa, a borda vai em direção ao limite da outra placa tectônica, contudo a diferença é que não há destruição de placas, pois nem uma placa desce por baixo da outra. Um exemplo disso é o encontro das placas Eurasiana e a Indiana.

Figura: Cordilheira do Himalaia onde se encontra a maior montanha do mundo, o Monte Everest.


Placas de Movimento Tangencial ou Conservativa


Caracterizada por movimentos paralelos entre as bordas das placas, ou seja, as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação à outra. Não ocorre formação e nem destruição da crosta. É também chamada de Falhas Transformantes. Um exemplo disso é a Falha de San Andreas na Califórnia nos EUA, no encontro das placas do Pacífico e a Americana.

Falha de Santo André


Terremotos , Abalos Sísmicos e Vulcões

Embora a palavra “terremoto” seja bastante utilizada para os grandes eventos destrutivos, enquanto os menores geralmente são chamados de abalos ou tremores de terra, todos são resultados do mesmo processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões. Os terremotos podem até dar pequenos sinais de que ocorrerão, porém ainda é muito difícil para a ciência poder prever quando ocorrerá e qual a intensidade desses tremores.


O terremoto é o resultado do alívio da pressão que existe entre essas placas gerando, desta maneira, uma vibração. Essa vibração propaga-se através das rochas pelas ondas sísmicas. Então, quando ocorre uma ruptura na litosfera são geradas vibrações sísmicas que se propagam em todas as direções em forma de ondas. O ponto do interior da Terra onde se inicia a ruptura e a liberação das tensões acumuladas é chamado de hipocentro ou foco. Sua projeção na superfície é o epicentro e a distância do foco à superfície é a profundidade focal. Os sismógrafos são os aparelhos que detectam e medem as ondas sísmicas.


      Grande parte das atividades vulcânicas e dos abalos sísmicos mais fortes (terremotos) estão localizados nas bordas das placas tectônicas. Quando visualizamos no mapa abaixo esses fenômenos, é perceptível que os limites das placas tectônicas e a localização dos terremotos e vulcões coincidem e se concentram em volta do Oceano Pacífico, por isto, esta região é chamada de Círculo de Fogo do Pacífico, onde se encontram 80% dos vulcões ativos.




A atividade sísmica no Brasil, apesar de baixa, não pode ser desprezada e é resultado de forças geológicas que atuam em toda a placa que contém o continente sul-americano. No Brasil também não existem mais vulcões ativos. Isso se deve ao fato de nosso país está no centro de uma grande placa tectônica, a Placa Sul-Americana, portanto, afastado das bordas dessa placa. O limite leste da Placa Sul-Americana está posicionado no fundo do oceano Atlântico, próximo da metade da distância entre o Brasil e a África, enquanto que o limite oeste fica junto ao litoral oeste da América Latina. O distanciamento dos limites da Placa Sul-Americana é o motivo pelo qual não há vulcões atualmente no Brasil. Entretanto, em épocas geológicas passadas houve intensa atividade vulcânica, hoje não existem mais vulcões ativos no Brasil. Nosso país foi o palco de diversas atividades vulcânicas, a mais recente ocorreu na Era Cenozóica (Terciário), levando à formação das nossas ilhas oceânicas, tais como Trindade, Fernando de Noronha, Penedo de São Pedro e São Paulo. Na Era Mesozóica (entre 251 milhões e 65 milhões de anos atrás) a atividade vulcânica no Brasil foi muito mais intensa, destacando-se as seguintes ocorrências: Poços de Caldas e Araxá (MG), São Sebastião (SP), Itatiaia e Cabo Frio (RJ) E Lajes (SC). Na região Sul houve um dos maiores derrames basálticos do mundo, abrangendo uma área de 1 milhão de km², que vai desde o Estado de São Paulo até o do Rio Grande do Sul, onde houve diversas manifestações que podem ser observados na região de Torres, como as belíssimas falésias basálticas. Os derrames basálticos que ocorreram no Planalto Meridional deram origem ao fértil solo conhecido por terra roxa. Outra que também foi afetada por atividades vulcânicas em algumas áreas foi a Bacia Amazônica.



6 comentários:

  1. muito bem esplicado me ajudou bastante com o meu work

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  2. ADOREI MUITO BOM BEM FEITO E CONCLUÍDO

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  3. BOM MESMO ME AJUDOU BASTANTE NO MEU TRABALHO DO COLÉGIO.

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  4. own ajudo muito nessa poha eu ja tava com umas ideias na cabeça agora eu nao tenho mais nhm

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  5. mt bom obrigado ajudou com o trabalho do meu caderno de produção de texto do 4° ano valeu

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  6. Que bom agora quando u for estudar só vou vir nesse site olha a maioria das vezes eu estou estudando.

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